sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

=== SAÚDE ===

Segue uma matéria minha da editoria de saúde que foi publicada no Inove em 2006, quando eu ainda estudava jornalismo, minha então profissão...


Por Paula Nicolini

Depressão pós-parto atinge 10 a 15% das mulheres que amamentam

A depressão pós-parto tem seu maior período de incidência entre os primeiros dias após o parto. Pode durar de 30 dias a 2 anos dependendo de seu grau. Nos casos mais graves a vida do bebê pode ser colocada em risco pela própria relação entre mãe e filho.


A depressão pós-parto tem as mesmas características de uma depressão normal, ou seja, a pessoa sente uma tristeza profunda de caráter prolongado. Entre seus principais sintomas estão a perda de motivação para a vida, perda de auto-estima, ansiedade, irritabilidade, ou até mesmo, atentado contra a própria vida ou contra a integridade física do bebê. Em quadros mais graves, o uso de medicamentos é indicado até mesmo durante a amamentação.

O diagnóstico da depressão pós-parto é dado quando após o nascimento do bebê, a mulher apresenta mudanças súbitas de humor, agonia, choro sem motivos, ou até mesmo, raiva da criança e da própria vida. “Quando vi aquela criança e me dei conta de que era minha filha, tive raiva e só conseguia pensar em o que faria com ela.”, desabafa a artesã Camilla Ribeiro, 28 anos, após o nascimento do terceiro filho, embora tenha desejado a gravidez.

“O diagnóstico precoce da doença é importante, pois, caso não haja melhora entre a comunicação da mãe para com o bebê, seu desenvolvimento cognitivo e emocional é alterado, gerando um clima de angústia e desprazer. Por outro lado, esses sintomas tendem a diminuir sua freqüência com o distanciar-se do pós-parto.”, diz a ginecologista e obstetra Maria Christina Pieski, ao site clube do bebê.

“Tomo antidepressivo, faço terapia em grupo e com psiquiatras, mas por indicação médica não posso amamentar”, diz Camilla que está em tratamento há 5 meses no departamento de IPQ do grupo PRÓ-MULHER da Universidade de São Paulo. Camilla sente-se melhor com o evoluir do tratamento, embora saiba que não está totalmente recuperada. “Amo meu bebê, mas acho que acabo passando para ele a responsabilidade dos meus problemas”, concluiu a artesã de 28 anos, que realizou a laqueadura após o nascimento deste filho.

Geralmente essa doença é apontada pelos demais como descaso e até desamor com a criança que nasce, portanto fica aqui esse alerta aos mais próximos áquelas que acabam de sair de um parto, para que a doença seja prontamente diagnosticada e tratada.

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