sexta-feira, 2 de janeiro de 2009

Lá vem BBB...

Janeiro, e já começam as chamadas para o Big Brother Brasil 9!!!

Nada mais oportuno que essa matéria que fiz há um ano, em janeiro de 2008. Vamos ver se os índices do ano passado se repetem neste...

Segue:

BBB EM DECADÊNCIA
Público acorda para um formato vazio de atração televisiva sem novos impactos


Já se mostram claramente os sinais de decadência do Reality Show Big Brother Brasil 8 através dos índices de audiência, segundo dados do IBOPE.
Já no primeiro domingo de exibição do BBB 8, o índice de audiência teve média de 27 pontos, bem abaixo dos 36 pontos do primeiro domingo do BBB 7, que foi ao ar em janeiro de 2007. O IBOPE registrou no dia de definição do primeiro paredão a menor audiência da história do programa, que vem tendo dias seguidos de infelicidade para o diretor do programa J.B. de Oliveira, o Boninho, e para a Rede Globo.
Entre os despencados em índice de audiência estão os programas Mais Você, TV Xuxa, entre outros, que se assemelham ao BBB por conter um formato sempre muito igual, sem mudanças. Após a queda no ibope, o Big Brother tenta atrair audiência a qualquer custo, apelando para a intimidade gay de um dos participantes e para o lado sexual das mulheres, como já é de costume. Atualmente, a atração tem classificação indicativa de 16 anos e só pode ir ao ar na TV aberta depois das 22h. Se a emissora carioca tiver de colocar o “BBB” em um horário mais tarde, a audiência tende a ser menor, prejudicando a exposição das marcas dos anunciantes.
Alguns especialistas discutiram sobre reality shows em evento denominado “Questões da Cultura”, do Seminário Mídia e Psicologia. O professor do Departamento de Comunicação Social da Universidade Federal Fluminense (UFF), Luiz Alberto Sanz criticou o modo como as culturas sofrem intervenção, ao serem submetidas aos meios de comunicação. De acordo com ele, na estratégia dominante, os meios de comunicação são essenciais para garantir a hegemonia eurocêntrica, embora pareçam manifestar e expressar o multiculturalismo das populações ‘incluídas’. O professor ressaltou a importância de se permitir a influência entre as culturas, mas destacou que “influências não devem ser confundidas com substituição de identidades”. Acredita que por modificarem explicitamente a identidade dos participantes do BBB, hoje mais facilmente perceptível pelas pessoas, o programa acabou por perdê-las como telespectadores. A professora do Instituto de Psicologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Fernanda Bruno, falou sobre a cultura midiática atual, baseada na exploração de um efeito de intimidade. Ela questionou o modelo dos reality shows, que de acordo com a professora tem um caráter sintomático, em relação à cultura contemporânea: “A mídia investe cada vez mais no homem comum, nas vidas ordinárias. O reality show não é o retrato fiel de uma realidade que pré-existe, isso não acontece mais. Ali, não há referente, é uma realidade que está sendo engendrada pelo próprio dispositivo do jogo, não há um antes”, disse Fernanda antes de concluir: “Ela transforma o desempregado em vencedor de um reality show, ou seja, em empregado, rico”. Para a professora, o público não vê essa referência como imaginava ver antes e, por este motivo, tem deixado a desejar em se tratando de audiência para a Rede Globo.

O grande monstro continua sendo o capitalismo. Há uma banalização da vigilância. Atualmente temos câmeras diariamente em nosso cotidiano, nos elevadores, nas lojas, ruas. Observar pessoas sendo monitoradas por câmera passa a não ser mais novidade. As pessoas estão de fato, preferindo desligar a televisão a assistir a um reality show.

Ao perguntar aos telespectadores sobre a queda significativa na audiência do Big Brother Brasil 8, foi questionado quanto às complicações na audiência atual e a possibilidade de ter relação com as caracterísicas dos participantes, quanto ao formato persistente do programa, e até mesmo quanto a outros programas de outras emissoras exibidos no mesmo horário. As respostas foram as seguintes:

Claudia Soares, 29, massagista: “Esse programa já não é mais novidade. As pessoas já sabem tudo o que vai acontecer, inclusive quem vai ganhar, já nas primeiras semanas. Isso porque percebem a personalidade dos participantes e desvendam através da moral vigente aquele que será mais bem aceito pelo público. Tem sempre um bonzinho, um vilão, a “oferecida”, o galã, nada mais é novidade. As pessoas enjoaram de ver sempre a mesma coisa. Eu mesma, chegava em casa correndo pra assistir, hoje nem sei que horas começa.”

Leonardo Buzato, 27, analista de sistemas: “Para ser sincero, nunca acompanhei nenhuma edição do BBB. Acho o formato genial em relação ao instigo à curiosidade humana, mas culturalmente vazio. Eu prefiro algo que acrescente mais. Creio que as pessoas cansaram desse tipo de programa vulgar e totalmente manipulado. São sempre as mesmas mediocridades e o povo precisa de um programa com mediocridades novas. Creio que se fosse criado um programa que colocasse dentro de uma casa pessoas de várias classes sociais, de vários nichos de linha de pensamento seria uma coisa mais interessante. Mas são sempre patricinhas e bombadinhos com cérebro vazio. Partindo desse princípio, não há convivência sociológica, apenas “putológica.”

Izilda Figueiredo, 55, corretora de imóveis: “Eu assistia com freqüência quando não era a mesmice de sempre. O programa esta apelativo e as pessoas cansaram. Antigamente haviam pessoas mais populares, mais naturais, que representavam melhor os costumes da sociedade e não apenas moças com corpos perfeitos e rapazes garanhões. Ainda assim acabo assistindo de vez enquando por ser uma forma de me distrair quando chego do serviço.”

Nelson Alexandre Galeazzi, 32, engenheiro civil: “Assisto quando em todas as outras emissoras a única pauta é desfile de lingerie. Creio que esse baixo índice de audiência se deve ao cansaço do povo ao que se refere a exploração da miséria humana, no sentido de explorar as piores características do índivíduo em nome da ganância e da audiência. Mostram um bando de “gostosões” e se utilizam dos piores sentimentos dos mesmos, os expondo a situações ridículas à fim de causar impacto perante os expectadores público.”

Aldo Nicolini Junior, 23, militar: “Eu não perco um dia de programa. Acho que o fato de ter ficado 7 anos no ar já faz do programa um sucesso. Tenho a certeza que a audiência vai aumentar e se igualar a antes. O fato de ter tido essa decadência na audiência me parece apenas acaso. Eu acredito que as pessoas gostam desse formato de programa e vão continuar a assisti-lo”

3 comentários:

  1. O que mais dizer do BBB do que "Big Bosta Brasil" eles nem se dão ao trabalho de representar uma sociedade por lá, ja virou uma novela onde a mulher sai e vira atriz, o polemico da entrevistas "bombasticas" sobre a casa e tipo é simplesmente deprimente ao ponto que o "serumanu" chegou por dinheiro, fama e ego

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  2. QUE MERDA, ESSE BIG BOSTA BRASIL, DE NOVO, E O RIDÍCULO..., AQUELE CARA DA FAZENDA, LEMBREI..., BRITO JÚNIOR, NO LIMITE, OU NO VOMITO, COM O ZECA QUEM QUEM, QUE MERDA, QUE BOSTA, CHEGA................

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  3. pois eh... e o povo gosta mesmo de pão e circo...
    não é a toa que muita gente continua na ignorância e não lutam por nada... a apatia do povo é o sucesso da elite que se enriquece com a burrice dos outros.

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